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10 coisas que não podem faltar para um recém licenciado em Matemática

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Acabou de concluir o curso de Licenciatura em Matemática? Descobriu realmente a sua vocação para o ensino? Pretende ansiosamente ser um professor efetivo de Matemática, independente da instituição que irá lecionar?

Acabou de concluir o curso de Licenciatura em Matemática? Descobriu realmente a sua vocação para o ensino? Pretende ansiosamente ser um professor efetivo de Matemática, independente da instituição que irá lecionar?

Se a sua resposta for sim, escrevi esta postagem para te ajudar com algumas simples orientações. Se a sua resposta for não, pode fechar essa aba (não faça isso!). Compartilhe esta postagem para algum amigo (a). Teoricamente estas orientações deveriam ser recebidas durante o curso superior, mas, infelizmente nem todo curso atenta fielmente para isso. Entenda este texto como um complemento.

Estou lecionando Matemática há um pouco mais de 15 anos e ainda me sinto como um iniciante, e é por isso que quero compartilhar algumas orientações que julgo relevantes para a minha carreira e possivelmente para sua também. Sempre recebo pedidos de ajuda por e-mail, quanto a orientações didáticas e técnicas para as aulas de Matemática. E fico muito feliz em saber que o blog está sendo referência para TCC de acadêmicos de Matemática.

Se te interessar, antes de continuar lendo esta postagem, leia o artigo Como treinei meu cérebro para me tornar fluente em Matemática? onde descrevo como foi a minha saga (risos) até terminar o curso. E outra recomendação de leitura é o artigo Para que serve um matemático e um professor de Matemática?, onde abordo as diferenças entre Bacharelado e Licenciatura em Matemática.

 Artigo de 2016 e atualizado em 22/07/19. 

10 coisas que não podem faltar para um recém licenciado em Matemática

Destaquei algumas orientações importantes que abrangem desde softwares educacionais aplicáveis em aulas até projetos online. São dicas simples que podem fazer uma grande diferença na sua carreira, agilizando suas tarefas docentes e deixando mais tempo livre para a sua criatividade. 

1. Habilidade com Informática aliada a Educação

Habilidade com Informática aliada a Educação
Não tenho uma estatística global, mas de acordo as minhas experiências, uma grande porcentagem dos professores de Matemática, não são adeptos aos recursos tecnológicos voltados à prática educativa. E não me refiro apenas a aplicação destes recursos ao Ensino, mas ao uso de computadores ou dispositivos móveis para diversas atividades administrativas docentes.

Particularmente acho um absurdo um professor, por exemplo, elaborar uma avaliação formal fazendo recortes e colagem em uma folha A4 e mandar fazer cópias na xerox. O ideal é que ele elabore e digite suas avaliações em um editor de texto online ou offline com suporte a edição de equações. Se você é um profissional na sua área, estenda isso também para os deus documentos. Seus alunos também agradecem.

A habilidade com recursos tecnológicos não são apenas aplicadas para a aprendizagem dos alunos, mas principalmente a organizar todas as tarefas docentes, afim de minimizar tempo, agilizar e organizar atividades da forma mais clara e correta dedicadas aos alunos.

Se você não tem tempo para se locomover e fazer um curso presencial, um curso online é uma saída para começar a desenvolver suas habilidades com a informática. Recomendo o Curso de Informática na Educação do site Cursos 24 Horas (altamente confiável). Neste mesmo site, você pode fazer outros cursos como Word, PowerPoint, Excel, Writer, Calc, Linux, Windows e muitos outros.

Lista de Cursos
Se mesmo assim não tem dinheiro para pagar, tanto um curso presencial ou à distância, procure um amigo. Tenho a certeza que ele te ajudará com as principais dicas. Todo final de semana trago para minha casa notebooks de professores para instalar sistemas operacionais (recomendo o Linux) e programas para as suas atividades. Não custa nada ajudar.

Se quiser dicas mais curtas e diretas, leia os artigos publicados aqui no blog:

Quanto ao Ensino de Matemática, desenvolver habilidades com a Informática afim de dar ao aluno mais uma possibilidade de aprendizagem, não pode ser deixada de lado. Tal possibilidade depende de sua criatividade em implementar aplicativos matemáticos da melhor forma possível. Recomendo que leia este artigo: 5 erros que cometemos ao levar tecnologias para a sala de aula.

2. Organização de atividades

Organização de atividades
Este tópico traz algumas dicas que julgo importantes para organizar e agilizar todas as suas tarefas docentes. Para isso me apoio em ferramentas tecnológicas, e mostro como utilizá-las da melhor forma possível.

Para aplicação destas dicas em seu cotidiano profissional, independe da forma como a escola ou universidade trabalha este sistema. Estas dicas são de caráter pessoal.

A postagem que escrevi recentemente está destacada em 5 dicas:
  1. Agende tudo;
  2. Planejamentos;
  3. Organize seu horário letivo;
  4. Material impresso;
  5. Elaboração de provas;
  6. Não trabalhe em casa.


3. Criatividade

Criatividade
Nenhuma didática ou metodologia irá, de certa forma, funcionar sem um pouco de criatividade. Aliás, algumas das nossas melhores didáticas surgiram de uma bela ação de pensar e criar. A criatividade para as aulas de Matemática não pode depender apenas de algum recurso tecnológico, muito menos de algum material concreto manipulável que auxilie na construção da aprendizagem dos seus alunos.

Um bom exemplo de criatividade: Crescimento exponencial de uma colônia de fundos em uma fatia de pão, com modelagem matemática usando o software livre educacional GeoGebra.

Estas duas alternativas de auxiliar nas aulas de Matemática afim de qualificar ainda mais a aprendizagem dos alunos são ótimas e nunca devem ser abandonadas. Porém, o nosso sistema de ensino brasileiro nos prepara para a outro fim, diferente daquele que gostaríamos.

Portanto, a sua criatividade deve ir além dos recursos que usará em sua aulas. Quantas formas diferentes podemos ensinar para uma turma, a como resolver uma equação do 2º grau? Descarte qualquer TIC que pode ser aplicada em suas aulas e pense nisso.

Mas, por que tantas formas diferentes? A resposta é simples: porque são muitos alunos diferentes que aprendem de formas diferentes. É por isso que ser criativo até mesmo com a teoria matemática é uma habilidade imprescindível.

A avaliação direciona muito a maneira com que se ensina. A não ser que mudemos nossas avaliações nunca mudaremos o jeito que ensinamos. [Leia mais em No Teachers College, tecnologia faz do professor agente de transformação]

Muitas vezes a criatividade não vem de você, professor, e sim dos próprios alunos. Portanto, deixe o seu aluno dar aula por você.

4. Aceite ser corrigido

Aceite ser corrigido

Ser professor de Matemática é um desafio constante por diversos motivos, um deles é a responsabilidade de ensinar algo certo tendo como errado, isto é, não admitir algum equívoco durante a explicação de algum conteúdo matemático. Isso pode gerar uma cadeia irreversível de erros futuros entre aqueles que aprenderam errado.

Pode ser uma simples simbologia matemática ou uma condição de existência mal interpretada. Entenda que desde o início da história o homem é passível ao erro. Saber lidar ou admitir que errou e concertar, é uma grande virtude.

Grandes gênios da Matemática cometeram erros antes de atingir o seu ápice, como por exemplo (gosto muito de citá-lo), a busca pela solução do O Último Teorema de Fermat.

Portanto, se em alguma aula esqueceu um sinal de $+$ ou $-$ que levou para uma resposta errada, e, porventura, um aluno o corrigiu, peça desculpa e refaça os cálculos.

Isso não te faz um péssimo professor porque passou por despercebido em algum cálculo. Se algum aluno te corrigir, agradeça a Deus, pois ele estava dedicando atenção a sua aula (risos).

5. Planejamento

Planejamento
Há uma lenda que é sempre ouvida pelos corredores de escolas, que o professor de Matemática não faz ou não deve fazer planejamento para as suas aulas. Alguém pode confirmar isso? (risos)

A lenda é repassada pois os professores de Matemática já dominam todos os conteúdos e não precisam planejar aquilo que já sabem. É só entrar em sala de aula e começar o despejo de conteúdo. Se você pensa assim, comece a repensar e modificar suas ideias.

Nenhum planejamento de qualquer disciplina é elaborado para sequenciar aquilo que será ministrado em um determinado dia. Um bom planejamento não é um roteiro voltado para os conteúdos programados e sim um documento organizacional afim de orientar, estabelecer uma didática e escolher o melhor método em busca de um único objetivo: a aprendizagem significativa dos alunos.

Cada professor tem o seu jeito particular de expor suas aulas. Uns usam de ferramentas tecnológicas específicas, outros de materiais concretos manipuláveis e ainda há aqueles que utilizam jogos concretos e informatizados. Todos são ótimas alternativas para buscar meios para melhorar a aprendizagem dos alunos.

Descubra o que mais lhe agrada (ou concilie os três) e que principalmente possa surtir melhores efeitos em seus alunos. Em seguida, planeje suas atividades aliadas a sua vida pessoal.

6. Esperança na melhoria da Educação

Educação ainda tem jeito?

Esta é uma das mais difíceis tarefas (ou a maior?). Se você concluiu um curso de licenciatura, creio que deve estar a par da situação da Educação no Brasil. Recentemente li:
A matemática não é desafio só para quem está na Escola. Pesquisa realizada em 25 cidades brasileiras com adultos de mais de 25 anos mostra que a maioria não sabe fazer operações matemáticas simples: 75% não sabem médias simples, 63% não conseguem responder a perguntas sobre porcentuais e 75% não entendem frações, entre outros resultados dramáticos. Em avaliações similares em países ricos, o resultado é em média quatro vezes melhor. [Leia mais em Todos pela Educação]

Esta estatística é apenas uma parte ínfima da situação atual. O quadro amplo não é nada animador. Está preparado? O que podemos fazer para mudar esse quadro?

A resposta é: dê a sua contribuição para a Educação. Reclame menos e faça mais. O professor tem um poder enorme de influenciar seus alunos. Defenda aquilo que acredita, mesmo que as outras pessoas pensem que é uma mera utopia. É fácil falar ou escrever como faço agora. Sei que é difícil agir assim.

Sei que não depende apenas da nossa boa vontade de transformar a nossa realidade. Se ficarmos parados, nada acontecerá.

Recomendo que leia o artigo O que faria você desistir de ser um professor?.

7. Transparecer o seu prazer pela Matemática

Eu sou um entusiasta do Software Livre e do sistema operacional baseado no Linux. Quando alguém me procura pedindo ajuda com o seu notebook, sempre recomendo dar uma chance ao Linux, e, sempre me empolgo. Se deixar falo durantes horas. Na maioria das vezes convenço a instalar o Linux (distribuição Ubuntu com suporte  LTS).

Transparecer o seu prazer pela Matemática

Da mesma forma me empolgo falando de Matemática. Não de cálculos, mas da Matemática presente em nosso mundo moderno ou da Matemática intuitiva, dedutiva e racional. Através de documentários sobre Astronomia, Geografia, Ciências, etc. ou livros e revistas, abro debates em volta destes temas, cujo desenvolvimento se dá usando a Matemática.

O ato de pensar e procurar respostas lógicas é um exercício matemático melhor do que fazer cálculos. A minha empolgação é percebida por meus alunos, ou por quem convive comigo. E isso contagia. Desperta a curiosidade e faz com que o ato de pensar seja mais comum.

Se você entra em sala de aula, sem motivação, empolgação, ânimo em dar aulas de Matemática, da qual se preparou durante anos; não espere coisa boa vindo dos seus alunos.

Gosto muito de Astronomia, sempre que posso pesquiso e estudo muito sobre o tema. E o que me faz olhar para céu noturno e vê-lo de outra forma, se deve a um homem chamado Carl Sagan. Escrevi mais em Com ou sem Doodle hoje é o Carl Sagan Day. A inspiração que um professor pode passar é poderosa e se estende por toda a vida. E isso não se refere a apenas aos estudos.

Tenho uma aluna apaixonada por Astronomia, porém era amedrontada com a Matemática no início no ano letivo de 2015. Bons debates ajudaram a perder esse medo. Sua mãe ofereceu-lhe um iPhone como presente de final de ano, mas ela recusou. Pediu a mãe um telescópio. Quando ela me contou fiquei emocionado, não pela recusa, mas pela atitude de uma criança que já sabe o que é prioridade em sua vida.

O sonho dela é ser astrônoma. Não sei se irá conseguir. O tempo dirá. Só sei que ela tem a mesma curiosidade de Galileu Galilei - o primeiro a apontar um telescópio para o céu.

Não se apegue somente aos cálculos. Nunca esqueça da História da Matemática. Ela rica demais para ser esquecida. Tente sempre mostrar para que serve o que está lecionando. Seja você. Se tentar enganar seus alunos, eles perceberão.

8. Orientar em vez de dar a solução

Orientar em vez de dar a solução
Talvez seus alunos não tenham esse pensamento - o de querer respostas prontas. Ou talvez você julga que eles têm esse pensamento. Acham que o professor só serve para dar respostas. Tente mudar esse pensamento. Como?

Incentive a pesquisa!

E isso não é aplicado para a resolução de problemas matemáticos contidos no livro didático. A pesquisa deve ser uma atividade aberta e que gere, além novas perguntas, respostas que auxiliam no crescimento do pensamento matemático.

A atividade constante de abstração de conhecimentos matemáticos é uma ótima oportunidade de dar a chance ao aluno de mostrar suas ideias e conclusões. Cabe ao professor ajudar com orientações adequadas para colaborar com o seu desenvolvimento.


9. Escrita matemática adequada

Uma boa escrita matemática é muito importante para ser melhor compreendido, principalmente ao expor conteúdos com muita simbologia matemática.

Escrita matemática adequada

Organizar uma lista de exercícios matemáticos, uma prova, monografia ou qualquer tipo de documento, exige uma boa organização, não apenas para ficar tudo elegante, mas, para que o entendimento matemático seja possível. A nomenclatura matemática deve ser exata e rigorosa, para não haver erros de interpretação.

Qual simbologia é melhor empregada nos exemplos abaixo?


$\displaystyle [\sqrt{100+69}+(-3+4)/(-2+1)^{2}]/[(-7)+(-9)/(-5)-(+5)]=$

ou

$\displaystyle \cfrac { \sqrt {100+69}+\cfrac {-3+4}{(-2+1)^{2}}}{ \cfrac {(-7)+(-9)}{(-5)-(+5)}}=$

Há algum erro nas expressões? Creio que a maioria das pessoas diria que não há erros. Particularmente sou contra o uso do símbolo "/" (barra) para denotar divisões. O mais correto seria expressar através de frações.

$\displaystyle \cfrac{a}{b}\Rightarrow \cfrac{\text{numerador}}{\text{denominador}}$


Ao tentar calcular o valor numérico da expressão $\displaystyle [\sqrt{100+69}+(-3+4)/(-2+1)^{2}]/[(-7)+(-9)/(-5)-(+5)]$, uma dúvida surgirá, principalmente para alunos de nível fundamental, que estão iniciando o estudo de expressões matemáticas mais avançadas: Quem é o numerador? E o denominador? Dois colchetes nessas horas ajudam muito. Mesmo assim, reafirmo que não sou adepto do sinal "/" para frações (razão, divisão).

Por um simples motivo. "/" é um símbolo comum para várias áreas da Ciência. Matemática, Física, Química, Biologia, Informática, cursos de engenharia, etc., todas elas fazem uso deste símbolo. Agora, se ponha no lugar de um aluno no Ensino Fundamental, que está acostumado a ver somente expressões matemáticas e que faz o uso do "/" paras as divisões.

E se o aluno estiver cursando o 9º ano, as coisas podem complicar mais um pouco, pois nesta série, já estudam Física e Química. E onde entra o símbolo "/" nisso tudo?

Estruturar de forma correta expressões matemáticas é fator de avaliação em cursos superiores nas áreas de exatas. Pelo menos os professores que tive cobrava muito isso. Não importa se a atividade  é digitada ou escrita a mão. O importante é deixá-la de maneira legível e que possa ser interpretada de forma satisfatória.

Existem professores que ainda elaboram suas avaliações a moda antiga. Nada contra. Mas no "mundo digitalizado" que vivemos hoje, dispensar tecnologias, como editores de textos matemáticos, por exemplo, que só trarão benefícios para a nossa vida profissional; é ficar ultrapassado no tempo.

Não precisa ser nenhum expert em informática para organizar suas atividades, fazendo uso de ferramentas tecnológicas. Basta dedicar um pouquinho de tempo para a leitura e prática de exercícios no computador.

Leia o artigo: 7 softwares que todo professor de Matemática tem que usar. Nele destaco as principais ferramentas que uso para organizar minhas atividades escolares e artigos do blog, como por exemplo, editor de texto $\LaTeX$.


10. Fique online

Fique online
Não despreze as redes sociais. Utilize-as ao seu favor. Se você não é antenado com esta tecnologia, talvez esteja perdendo uma boa oportunidade de colaborar com o aprendizado do seu aluno, de maneira significativa. Utilizada de forma correta, as redes sociais oferecem uma ótima alternativa para estender o que é feito em sala de aula.

  • Faça a mediação de grupos de estudo;
  • Disponibilize conteúdos extras para os alunos;
  • Promova discussões e compartilhe bons exemplos;
  • Elabore um calendário de eventos;
  • Organize um chat para tirar dúvidas.

Particularmente utilizo os grupos no Facebook e tento aplicar os itens da lista acima. Se sua interação com seus alunos em sala de aula for bastante amigável, a tendência é que esse comportamento se estenda para as redes sociais também.

Não há um consenso sobre essas condutas e acho que nunca vai ter. Mas as instituições precisam encarar o fenômeno das redes sociais como um desafio e também como uma possibilidade educacional. [Lei mais em Professores e alunos podem ser amigos nas redes sociais?]

No Facebook, eu crio um grupo fechado para cada turma. Em cada grupo adiciono um administrador para me ajudar com as tarefas do grupo. A interação e descontração aliadas à aprendizagem são muito perceptíveis.

Outra possibilidade é o Telegram. Sugiro os artigos abaixo:


Ter contato com os alunos através das redes sociais não significa que o profissional estenderá seu horário de trabalho à internet. O professor em geral é pouco procurado pelos alunos para tratar de assuntos escolares, pois o interesse dos jovens na rede não é esse. Ter um perfil dá uma exposição que ele não tem na escola e ele pode atingir alunos que ele nem sequer atinge na sala de aula. [Leia mais em Relação entre professor e aluno nas redes sociais: é melhor se aproximar ou se preservar?]

Se quiser abranger suas atividades e de seus alunos, e ainda expor na internet para que todos tenham acesso; uma ótima opção é a criação de um blog público (ou privado se preferir) para a disciplina ou para cada turma. Através dele é possível realizar tudo que a sua criatividade permitir.

Algumas pontos positivos para um blog público com participação ativa de alunos:
  • Incentivar a pesquisa sobre temas matemáticos aplicados no nosso cotidiano, gerando mais pesquisas e debates;
  • Publicar os resultados das pesquisas realizadas pelos alunos e orientadas pelo professor;
  • Compartilhamento de conhecimento na web entre outros projetos, assim como a troca de experiências;
  • Produção de conteúdo em texto e audiovisual relevantes, que possam contribuir para a divulgação da Matemática, e, consequentemente, colaborando para o despertar pelo prazer em estudar Matemática e fazer Matemática;
  • Desenvolver habilidades de escrita e leitura de textos matemáticos, programação web, aplicação de softwares no Ensino de Matemática e ampliar a rede de conexão de pessoas compartilhando a mesma temática;
  • Estimular a independência do aluno em relação ao professor, incentivando-o como agente principal em busca de suas próprias respostas conclusivas.

O limite é a sua criatividade. Dependendo da finalidade do blog, uma colaboração ativa entre professores da mesma escola ou de outras, é uma ótima oportunidade de aprendizagem. Veja o que professora Daniela Mendes realiza com o blog Laboratório Sustentável de Matemática, com a participação de seus alunos e de outros professores colaboradores. 

Se você não tem um blog e não sabe o que precisa para criá-lo, criar postagens, e tudo sobre a sua estrutura e organização, criei um e-book gratuito para te auxiliar.

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Concluindo

Se na época que cursava Matemática tivesse a metade destas orientações, eu teria sofrido menos durante os primeiros anos que comecei a ensinar em escolas. Somente estas orientações não faz de mim (ou pode fazer de você) um super professor preparado para todas as adversidades da licenciatura.

Às vezes, somente a experiência de encarar esse desafio te faz crescer como professor e enxergar que sozinho não podemos fazer muita coisa. O conjunto intersecção entre professor, aluno e gestão escolar faz toda a diferença.

Estas orientações podem surtir um efeito positivo se realmente você descobrir a sua vocação para o ensino e se mostrar preocupado com o que sempre pode ser melhorado em suas atitudes como professor e uma pessoa melhor, disposta a ajudar.

COMENTÁRIOS

Comentaristas: 12
  1. Rapaz...

    É cada artigo que você tem organizado! Cada vez mais "porreta"!

    Mas é sério, suas ilustrações e textos estão cada vez mais legais e muito bem estruturados. Parabéns!

    Ótimas indicações para nós professores.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Charles!

      Rapaz... Sabe o que é isso? Férias! (risos) Não irei viajar, e estou aproveitando esse tempo. Escrevo vários artigos e vou publicando aos poucos.

      Aproveito também para estudar edição de imagens, ler livros, revistas, filmes, séries (obrigado Netflix), etc. Isso de alguma forma me inspira a escrever novos textos.

      Este texto em específico, fiquei receoso, pois algumas pessoas sempre interpretam de forma equivocada.

      É muito bom saber que gostou. Sua opinião conta muito.

      Um abraço!

      Excluir
  2. Edigley, sou estudante de graduação em Matemática e me caiu como uma luva esse artigo.
    Como sempre parabéns pelo que escreve, auxilia demais na formação do pessoal :)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Jean!

      Seu comentário muito me alegre, pois quando escrevo fico imaginando situações com a sua, pois obviamente fui estudante de Matemática e tinha minhas dúvidas sobre a licenciatura.

      Espero que o texto te ajude muito. Estou sempre a sua disposição. Comente quando quiser.

      Um abraço!

      Excluir
  3. Olá Professor Edigley,

    Sou carioca e sou teu fã.
    Leio sempre os seus artigos, postagens, dicas e acredite: são maravilhosos!!!!
    Sou profissional da área de tecnologia da informação e estou em fase final da segunda graduação do curso de licenciatura Matemática, onde o trabalho do senhor, me motiva e inspira muito.
    Ainda não tenho experiência docente, mas este artigo é algo divino.
    Muito obrigado pelo seu trabalho.
    Continue a nos inspirar.
    Feliz 2016!
    E.Junior

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Edinho!

      Você utiliza SO Linux? Eu acho que já te vi em algum blog (risos). Muito obrigado por seu comentário. Ele me anima muito.

      Às vezes tenho vontade de fazer o caminho inverso você está fazendo. Terminar uma graduação em TI e aliar com a Matemática.

      Imagino que não deve ser fácil aliar o seu trabalho atual com o curso de Matemática. É melhor assim, quanto mais difícil mais valor damos aos nossos esforços.

      Muito obrigado por estar aqui. Fique sempre à vontade para enviar suas críticas e sugestões para a melhoria do blog.

      Feliz 2016!

      Um abraço!

      Excluir
    2. Olá Prof. Edigley,

      Grato pelas palavras.

      Particularmente, não utilizo Linux. Em casa tenho MAC e Windows.

      Seria muito interessante o senhor, obter uma formação em TI. Tenho certeza que o seu grau de entendimento e compreensão irá ampliar enormemente. Porém, a tecnologia da informação tem muitas vertentes, e neste caso, o senhor teria que dispor de tempo, para aprofundar nesse conhecimento, escolhendo é claro, um segmento.

      Na minha visão, a única coisa que julgo ser um fator de dificuldade é o TEMPO para dedicação e experimentação dos conhecimentos de TI. Existe muita coisa maneira sendo desenvolvida por aí, porém, com a vida agitada e corrida que temos, fica um tanto complicado.

      Particularmente, já passei por todos as fases na carreira, desde como diagramador/ilustrador; depois como técnico de computador e impressoras; logo depois como programador e hoje como gerente de projetos. E lhe confesso uma coisa: Estou "cheio" de atuar nesse segmento. Mas, isso é papo para outra ocasião.

      Porém, todos essas experiências que obtive, me trouxeram grandes benefícios.

      Mais uma vez parabenizo pela inciativa e pelos excelentes materiais disponibilizados. Creio que isso já é uma grande contribuição para sociedade brasileira.

      Precisando de trocar ideia sobre algo, contacte-me para conversarmos.

      Que o Senhor DEUS vos abençoe.



      Excluir
    3. Olá, Edinho!

      Cursei a metade de Técnico em Informática no IFRN. Trabalhar e estudar é muito complicado, ainda mais se for professor. E olha que um curso técnico é menos puxado do que uma graduação.

      Tranquei o curso técnico depois que passei mal, e fiquei a tarde inteira em observação na enfermaria do IF. Aí percebi que não dava. Tem outros fatores que contribuíram.

      Dizemos que a falta de tempo é uma barreira, e é. Mas, convenhamos, quando queremos realmente um coisa lutamos muito para conseguir. Você é um exemplo disso.

      Um abraço!

      Excluir
  4. Bom dia Professor!
    Obrigado por estar sempre estar postando algo de qualidade!
    Havia conversado com vc para fazermos o site de Matemática ligada a Educação.
    Resolvi começar aos poucos (O que não é aconselhável, para se fazer algo de qualidade). Criei o Blog para ir postando dicas de questões, concursos, provas e afins.
    Meu tempo vai encurtar um pouco... Vou comecar um Mestrado em Demografia e estou cursando Matemática no IFRN (Natal).
    Mas, a intenção de fazer o Site (com bem mais qualidade e funcionalidades) está de pé! "Me encoraja!!" Como t falei... Tenho medo de faltar assunto... Nâo sei... ou algo do Tipo! O que acha? http://matematicafacileaplicada.blogspot.com.br/ - Entrei em contato pelo seu Whatts, mas, não obtive retorno.

    Abraço!! felicidades sempre!!


    Ewerton Santos

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Ewerton! Lembro de você. Estou sem celular, consequentemente, sem whatsapp.

      Que bom que este conteúdo é útil para você.

      Sobre o seu blog. O que posso dizer é:
      - Tempo é escasso para todos, mas se organizar sua agenda dá pra produzir muito conteúdo.
      - Quanto a criatividade, não precisa publicar conteúdo todos os dias. Pode ser uma postagem por semana ou por mês.
      - Quanto ao blog que me mostrou, precisa rever muitos conceitos técnicos, se realmente quer ter sucesso com ele.
      - Para te encorajar, tenho que dizer a verdade. Entre contato por e-mail que explico melhor.

      Obrigado por vir aqui.

      Uma abraço!

      Excluir
  5. Olá Prof. Edigley,

    Há alguns meses acompanho seu blog e quero parabenizá-lo pelo excelente trabalho.

    Em breve, iniciarei a Licenciatura em Matemática, como parte de um projeto pessoal futuro.

    Estou lendo suas postagens e absorvendo dicas, que com certeza me ajudarão nessa nova jornada.

    Abraço!
    Rafael Almeida

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Rafael!

      Muito obrigado por sua audiência. Quando um professor de Matemática vem aqui comentar me deixa muito feliz. Fico mais feliz ainda quando aparece um estudante de Matemática, cheio de planos e animado para uma nova jornada.

      No que puder ajudar conte sempre comigo. Fique sempre à vontade para enviar sugestões e críticas para a melhoria do blog.

      Te desejo muito sucesso durante o curso.

      Um abraço!

      Excluir



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Prof. Edigley Alexandre - O blog para professores e estudantes de Matemática: 10 coisas que não podem faltar para um recém licenciado em Matemática
10 coisas que não podem faltar para um recém licenciado em Matemática
Acabou de concluir o curso de Licenciatura em Matemática? Descobriu realmente a sua vocação para o ensino? Pretende ansiosamente ser um professor efetivo de Matemática, independente da instituição que irá lecionar?
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