Existia um motivo forte para escrever o presente texto. Uma preocupação antiga que até chamo certos professores de verdadeiros massacradores de cérebro. A principal preocupação do professor deve ser a de transmitir conhecimentos, e não para mostrá-los o que é próprio dos massacradores de cérebro.
Existia um motivo forte para escrever o presente texto. Uma preocupação antiga que até chamo certos professores de verdadeiros massacradores de cérebro. A principal preocupação do professor deve ser a de transmitir conhecimentos, e não para mostrá-los o que é próprio dos massacradores de cérebro.
Para que servem realmente as equações do 1º e 2º graus, o mínimo múltiplo comum, o máximo divisor comum, os divisores de um número, o gráfico da equação do 1º grau, a interseção de retas, ponto-inclinação da reta, progressões aritmética e geométrica, logaritmos decimal e natural, ternos pitagóricos, etc.?
Talvez o caro leitor (ou aluno) responda: se pensar nessa pergunta baseando-me naquilo que me “ensinaram” nas escolas “chatas” da vida, afirmaria: PARA NADA! No entanto, pensando melhor sobre o assunto, responderia: PARA SER COBRADA NAS PROVAS! Porém, meditando compenetradamente no tema, diria: TAÍ ALGO QUE REALMENTE NÃO SEI?
Não sei se o leitor (ou aluno) que está frequentando, ou aquele que já frequentou a escola do ensino Fundamental ou Médio, concorda com a resposta. Sinceramente, concordo. Concordo, porque durante o período que frequentei a escola do Ensino Fundamental (antigos primário e ginásio) e Médio (antigo científico) em momento algum tive a oportunidade de ver, em sala de aula, uma só aplicação da matemática ensinada.
Após muitos anos pesquisando em livros, revistas e entrevistando pessoas dos setores agrícola, industrial e de serviços, pôde-se constatar que existem muitos problemas com os quais o leitor (ou aluno) se defronta no dia a dia que podem ser resolvidos com os assuntos supracitados. E por meio dessas pesquisas chegou-se às seguintes conclusões:
a) A aversão que o leitor (ou aluno) tem à Matemática, decorre da distância que os Ensino Fundamental e Médio guardam da realidade em que vive;
b) Já que o leitor (ou aluno) não consegue fazer a conexão entre o que aprende e suas necessidades do dia a dia, daí vem o desinteresse e, em consequência, a aversão à Matemática;
c) Toda a Matemática dos Ensino Fundamental e Médio é importante para a vida do aluno, mas da forma como é “ensinada” não serve para nada. Para que ensinar os assuntos supracitados, somente pelo fato de esses assuntos fazerem parte do currículo do Ministério da Educação? Para mim é coisa que, isolada, não significa absolutamente nada. Pior: atrapalha a carreira de muitos jovens.
Como podemos esperar algum resultado do ensino da matemática, se cujas ementas não mencionam aplicações? Ou será que o que consta nas ementas é apenas para ser cobrado nas provas? Como seria estimulante, para todos os alunos, se o professor mostrasse o quanto é poderoso e fundamental aquilo que estão aprendendo!
Pelas conclusões as quais se chegou, recomenda-se aos senhores professores dos Ensino Fundamental e Médio: que ao ensinarem os assuntos supracitados, procedam de tal modo que os alunos tenham uma formação de conceitos e princípios lógicos e práticos e, além disso, tenham como finalidade a resolução de problemas do dia a dia
Pelas conclusões as quais se chegou, recomenda-se aos senhores professores dos Ensino Fundamental e Médio: que ao ensinarem os assuntos supracitados, procedam de tal modo que os alunos tenham uma formação de conceitos e princípios lógicos e práticos e, além disso, tenham como finalidade a resolução de problemas do dia a dia
Se a matemática dos Ensino Fundamental e Médio for ensinada dessa maneira, temos plena certeza de que, futuramente, três coisas irão acontecer nas escolas dos ensinos Fundamental e Médio:
- A distância irá diminuir bastante, entre o ensino da matemática e a realidade em que vivem os alunos;
- O aluno irá conseguir fazer a conexão entre o que aprendeu e suas necessidades do dia a dia. Daí, então, o interesse pela matemática e, consequentemente, o gosto por ela;
- Tudo o que for ensinado sobre mínimo múltiplo comum, máximo divisor comum, divisores de um número, equação do 1º e 2º graus, gráfico da equação do 1º grau, interseção de retas e ponto-inclinação da reta, etc. irão servir para solucionar alguns problemas que por ventura o aluno venha a se defrontar na sua vida.
A Matemática deve ser lecionada nos ensinos Fundamental e Médio, como algo útil para o aluno, e não como informação exclusiva a ser cobrada em provas e exames finais. Pois, embora não pareça, aquelas aulas sofridas sobre os assuntos supracitados, há vários anos, onde o professor me mostrava conhecimentos, em matemática, em vez de transmiti-los. Onde poderia e deveria aplicar aqueles assuntos nas minhas necessidades do dia a dia. Só assim o ensino da matemática dos ensinos Fundamental e Médio cumpriria de fato o seu papel, que é o de preparar o aluno para a vida.
Este é um guest post (artigo convidado). Foi escrito e enviado por Sebastião Vieira do Nascimento (Sebá). Professor Titular (por concurso) aposentado da UFCG – PB.
Esse assunto é muito complexo e não pode ser resolvido somente mudando o foco do ensino, pois ai o conteúdo não avança. O problema, na minha visão, só poderá ser mudado com a aplicação do ensino integral onde o aluno em um período tem os conteúdos necessários aos conhecimentos teóricos e em um outro período faria atividades práticas dos assuntos aprendidos com muitas discussões e aplicações em problemas reais. Com menos de quatro horas diárias de aula isso é impossível de ser feito com qualidade.
ResponderExcluirConcordo plenamente com sua colocação!
ExcluirOlá, bom dia. Acredito que as aplicações são elementos fundamentais para se gostar de matemática. Eu, por exemplo me apaixonei por matemática depois de ter visto uma palestra do curso prandiano do prof. Riccieri "Matemática Aplicada A Vida"... por culpa disso..rsrs... quis estudar matemática e acabei me formando em matemática e o resto é história... mas acho que um dos problemas, complementando as causas... é a formação dos professores... no ensino fundamental 1 eles são formados em pedagogia e não possuem conhecimento suficiente de matemática e se prendem as regras.... já no ensino fundamental 2 e ensino médio o professor na maioria das vezes tem conhecimento técnico mas não conhece as aplicações e com a carga horária lotada acaba não tendo tempo de buscar essas aplicações....
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