Sempre se fala na inclusão digital quando o assunto é colocar mais tecnologia nas escolas. Computadores para todos, tablets para facilitar o aprendizado... Tudo isso parece, e é, muito bacana. No entanto, é preciso lembrar do estado da sala de aula e das condições de trabalho dos professores.
Os avanços da tecnologia já permitiram diversos setores da sociedade a também evoluírem. É nítido que a presença de um computador, uma máquina moderna ou um sistema ágil melhora consideravelmente um ambiente e, desta forma, buscamos cada vez mais aliar o trabalho com os aparatos tecnológicos.
O setor de educação no Brasil é um desses exemplos. Ao longo dos anos, vimos cada vez mais a presença da tecnologia nas salas de aula. Partindo lá dos tempos antigos, com as provas e tarefas ditadas que passaram ao mimeógrafo e, posteriormente, ao papel impresso, até chegarmos a ambientes com TV, som e alunos com notebooks e tablets.
A tecnologia é mesmo algo impressionante. Mas já que estamos falando em aula e vivendo um momento importante na categoria (os recentes protestos de professores por melhores condições), que tal fazer aqui um paralelo?
Sempre se fala na inclusão digital quando o assunto é colocar mais tecnologia nas escolas. Computadores para todos, tablets para facilitar o aprendizado... Tudo isso parece, e é, muito bacana. No entanto, é preciso lembrar do estado da sala de aula e das condições de trabalho dos professores.
Um exemplo: no Piauí, milhares de alunos e professores de escolas públicas já receberam tablets para trabalhar em classe. A inovação é notória, mas seria perfeito se não houvessem reclamações de que em alguns locais não existe sequer conexão com Internet para aproveitar o aparelho.
Em uma matéria publicada no G1, professores e alunos reclamam da ausência da conexão, da falta de uma sala de informática e até problemas básicos de infraestrutura como teto caindo e ventiladores com defeito.
Mesmo as escolas mais estruturadas carecem de um apoio maior no setor de informática. Por ser um ambiente público, a falta de conhecimento ou de profissionais capacitados leva a problemas comuns como falhas de segurança nos computadores e vírus baixados pela Internet.
Neste cenário, a contratação de técnicos em informática para dar aulas aos professores seria uma maneira de resolver o problema. Outra forma seria um acordo entre órgãos públicos e empresas para entregar máquinas seguras com antivírus oferecidos gratuitamente para os alunos; segundo o site da Psafe, um estudo conduzido pela América Online dita que 20% de computadores pessoais estão infectados por vírus.
De nada adianta tentarmos dar passos rumo a inclusão digital se não temos uma base sólida e estruturada. Nossos alunos e professores precisam ser ouvidos para que o ensino se torne cada vez mais forte. Só assim, a tecnologia passa a ser parte fundamental no aprendizado daqueles que mais precisam.
Este é um guest post (artigo convidado) enviado por Daiane Ferreira, 20 anos, cursando Publicidade na Universidade Presbiteriana Mackenzie.
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