Pesquisas comprovam que crianças que fazem a lição de casa diariamente aprendem mais, têm notas melhores e se tornam mais seguras. O índice de reprovação é mínimo.
No início deste ano, recebi um e-mail no mínimo curioso e muito bacana. Uma avó me enviou a seguinte mensagem:
Meu neto tem 11 anos e está no 6º ano. Ele repetiu o ano e as aulas vão recomeçar em fevereiro. O senhor aconselharia que livro para ele fazer uma revisão completa da matemática até o sexto ano?
É admirável a atitude desta pessoa para com o seu neto, mostrando preocupação em poder ajudá-lo antes mesmo de começar o ano letivo. A respondi, e, ao terminar de enviar o e-mail, tive a ideia de escrever esta postagem. Se por acaso você (aluno, mãe, pai, avó, etc.) se encaixa nesta situação, continue lendo o texto.
Infelizmente está se tornando cada vez mais comum, os pais não se preocuparem com o rendimento escolar do seu filho. A rotina cansativa do trabalho, assistindo programas na tv, conversando com amigos ou amigas, etc., nenhum motivo justificará essa falta grave. No início da vida escolar dos nossos filhos, com mais ou menos 4 anos, o pai ou mãe acompanham todas as atividades desenvolvidas por eles, não somente em casa, mas na escola também.
Na mesma proporção que eles crescem, os pais também deixam de acompanhar suas atividades como faziam antes. E é neste ponto que começam a cair o rendimento, justamento na fase mais complicada de suas vidas - a adolescência. Não precisa de nenhuma pesquisa para comprovar isso. Basta comparar o rendimento de nossos alunos antes do 6º ano do Ensino Fundamental com os rendimentos até o 9º ano. Não é uma generalização, mas é um fator importante que deve ser levado em consideração.
Pesquisas comprovam que crianças que fazem a lição de casa diariamente aprendem mais, têm notas melhores e se tornam mais seguras. O índice de reprovação é mínimo quando os pais participam da vida escolar do seu filho. Pesquisei sobre o tema e encontrei uma campanha muito legal. Lição de casa é participação. O site disponibiliza cartazes das campanhas para divulgação.
Pesquisas comprovam que crianças que fazem a lição de casa diariamente aprendem mais, têm notas melhores e se tornam mais seguras. O índice de reprovação é mínimo quando os pais participam da vida escolar do seu filho. Pesquisei sobre o tema e encontrei uma campanha muito legal. Lição de casa é participação. O site disponibiliza cartazes das campanhas para divulgação.
Fui reprovado. Revisar conteúdos me ajudará?
Talvez! Pegar um livro e tentar estudar todo o conteúdo estudado no ano inteiro não é a única solução. Encontrar um livro que atenda as necessidades específicas de um aluno reprovado no 6º ano, é complicado por diversos motivos. Acredito que, se um aluno foi reprovado no 6º ano do Ensino Fundamental, é porque ele trouxe sequelas do 5º ano.
O que geralmente recomendo (e foi o que respondi no e-mail) é obter ajuda de um professor que se preocupe com ele, e que tenha tempo disponível para ajudá-lo com os conteúdos em ordem cronológica que ele sente maior dificuldade.
Para um aluno que vai repetir o 6º ano, por exemplo, recomendo:
- Aprender as 4 operações matemáticas básicas.
Decorar a tabuada não adianta. É comum alunos que estejam no 6º ano com essa dificuldade. Se o aluno não souber operar adições, subtrações, multiplicações e principalmente divisões, com certeza terá dificuldades no decorrer dos conteúdos, pois toda a Matemática é baseada nestas operações. É fundamental dominar este conteúdo. Observe o comentário que deixei em uma imagem que vi no Facebook.
- Monte uma sequencia de conteúdos e revise cada um deles.
Tenho observado nestes quase 10 anos que leciono Matemática, que o ponto crítico, e, que é comum haver muitos erros em provas, é justamente a abstração das condições de existência em determinadas situações matemáticas. Condição de existência são aquelas "regrinhas" (odeio esse termo) muito comuns em equações, frações, radiciação, etc. Por exemplo, na equação a.x² + b.x + c = 0, o valor de a não pode ser zero, se assim for deixará de ser uma equação do 2º grau. Parece bobagem, mas é bastante comum estudantes passarem por despercebidos durantes as aulas e na hora de responder uma avaliação.
Portanto, se dedique primeiro as definições matemáticas e suas condições, depois pratique-as em exemplos particulares.
Dê atenção aos conteúdos que sente maior dificuldade. Nunca comece a estudar o próximo conteúdo se não aprender o anterior. Parece óbvio, mas nem sempre teremos um resultado satisfatório, quando continuamos a estudar o próximo conteúdo, já que a Matemática obedece uma sequência lógica de conteúdos. As vezes pensamos que sabemos. E por pensar assim, é que muitos erros vão se acumulando durante o ano letivo.
- Determine um tempo de estudo
- Alguém da família terá que acompanhar o seu desenvolvimento durante o ano inteiro.
Quanto aos conteúdos (no caso do e-mail recebido - 6º ano), pesquise por livros que sigam uma sequência matemática rigorosa.
- Aritmética;
- Operações fundamentais no Conjunto dos Números Naturais;
- Potenciação, raiz quadrada e expressões numéricas;
- Média aritmética;
- Múltiplos e divisores;
- Divisibilidade e seus critérios;
- Números Primos;
- Cálculo de MDC e MMC;
- Forma fracionária dos números racionais e suas operações;
- Relação entre as representações fracionária, decimal e percentual;
- Ideia de ponto, reta e plano;
- Ângulos: Definição e construção;
- Regiões planas;
- Polígonos;
- Triângulos e quadriláteros;
- Perímetro de um polígono;
- Áreas das figuras planas;
- Sólidos geométricos;
- Volume do paralelepípedo retângulo;
- Grandezas e Medidas;
- Medida de tempo;
- Medida de ângulo;
- Unidades de medida de comprimento;
- Unidades de medida de superfície;
- Unidades de medida de volume;
- Unidades de medida de capacidade;
- Relação entre volume e capacidade;
Esta é sequencia correta dos conteúdos para o 6º ano do Ensino Fundamental 2, de acordo com a maioria das editoras e sistemas de ensino, recomendados nos PCN's. Estes conteúdos devem ser estudados em um contexto de aplicação (usando problemas-situação) de acordo com as situações vivenciadas no dia a dia do aluno.
Da mesma forma, estas dicas podem se aplicadas ao 7º, 8º e 9º ano, de acordo com as suas particularidades.
Aproveite e leia o artigo Como se motivar para estudar Matemática no início do ano letivo?.
Desejo um ótimo ano letivo para todos nós.
Da mesma forma, estas dicas podem se aplicadas ao 7º, 8º e 9º ano, de acordo com as suas particularidades.
Aproveite e leia o artigo Como se motivar para estudar Matemática no início do ano letivo?.
Excelentes dicas, professor.
ResponderExcluirEu sempre pergunto pra minha filha se ela está entendendo a matéria, se quer que eu ajude, etc... como diz a máxima: "Não basta ser pai tem que participar".
Olá, Neto!
ExcluirTodos deveriam agir assim, mas em um dado momento esquecem e as suas prioridades infelizmente mudam. Todos perdem.
Um abraço!